Chegou a hora de ir embora. Após pouco mais de 3 anos, Paolo Guerrero deixa o Flamengo e assina por 3 temporadas com o Internacional.
Existem dois lados nessa novela que se tornou a renovação ou não de Guerrero com o Flamengo e precisamos considerá-los.
O peruano não abriu mão de 3 anos de contrato, quis receber de forma retroativa o período em que estava com o contrato suspenso pela punição por doping e queria manter seu salário atual. Lembrando que o peruano tem 34 anos e tem seus vencimentos na casa de R$ 1 milhão por mês.
No fim do ano passado, Paolo Guerrero foi suspenso por doping, após jogo pela seleção peruana, testando positivo para benzoilecgonina, metabólito da cocaína. Recebeu punição de 14 meses, tendo já cumprido 6 meses até um pouco antes da Copa do Mundo. É bem verdade que o Flamengo não o apoiou, não lhe deu suporte durante sua tentativa de reverter o caso, e isso deixou o centroavante muito magoado com a diretoria, culminando assim em sua saída após o encerramento de seu contrato, dia 10 de agosto.
Em sua passagem pelo Flamengo, atuou em 112 jogos, marcando 43 gols. Média de 0,38 gols por partida. Já no Corinthians, atuou em 126 jogos, marcando 52 gols. Média de 0,41 gols por partida.
No Rio, conquistou o Campeonato Carioca de 2017 sendo artilheiro e melhor jogador da competição. 2017 também foi o melhor ano de sua carreira, marcando 20 gols em 44 jogos. Em São Paulo, conquistou um Mundial marcando na semi e na final, dando o título ao Corinthians, uma Recopa e um Campeonato Paulista. Em 2014 conquistou a Bola de Prata, sendo eleito ao lado de Diego Tardelli o melhor atacante da competição.
Guerrero não é artilheiro. Sua média na carreira é de 0,39 gols por partida. O erro foi, em 2015, achar que ele seria o novo brocador, com 36 gols numa temporada. O peruano participa do jogo, faz um belo trabalho como pivô, controla e protege bem a bola mas não é matador. Sai do Flamengo muito criticado por grande parte da torcida, muito por conta da forma que sai do rubro-negro e também pela cobrança por nunca ter sido decisivo. Contra o maior rival, o Vasco, nunca marcou.
Adiós, Paolo. Foi bom enquanto durou. O casamento chega ao fim e com ele uma certeza: não foi de todo ruim, mas foi aquém do que esperávamos. Paciência, bola pra frente.
Abração,
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